Manaus – Após o juiz Dalton Igor Conrado, da Justiça Federal, informar que o narcotraficante José Roberto Fernandes Barbosa, conhecido como ‘Zé Roberto da Compensa’, pode voltar para o Amazonas em outubro deste ano, a Secretária de Administração Penitenciária (Seap) disse que as informações são sigilosas e que se reserva ao direito de não informar sobre os procedimentos a serem adotados em relação a presos considerados de alta periculosidade.
A notícia da volta de “Zé Roberto da Compensa” chegou em um momento que o sistema penitenciário do Amazonas passa por uma crise. A chacina, que resultou na morte de 55 detentos dentro de unidades prisionais de Manaus, nos dias 26 e 27 de maio, teria sido motivada por uma briga entre os chefões da facção criminosa Família do Norte (FDN), “Zé Roberto” e João Pinto Carioca, o ” João Branco”, que agora são considerados rivais.
Conforme a lei 11.671 de 8 de maio de 2008, que dispõe sobre a transferência e inclusão de presos em estabelecimentos penais federais de segurança máxima, o prazo é de 360 dias, podendo ser renovável por motivo justificado e após exercício da ampla defesa.
Entretanto, de acordo com a decisão do juiz Dalton Igor Conrado, o narcotraficante tem um prazo para ficar no presídio federal até o dia 29 de outubro de 2019.
“Zé Roberto” e outras lideranças da organização criminosa foram encaminhados para outros estados durante a operação La Muralla da Superintendência da Polícia Federal no Amazonas.
O narcotraficante foi condenado a 48 anos e cinco meses de prisão, além do pagamento de multa de mais de R$ 842 mil.
Ameça ao sistema prisional
Questionado se a vinda de “Zé Roberto” poderia agravar ainda mais a crise no sistema prisional do estado, a secretaria afirmou que qualquer situação atípica na rotina pode gerar transtornos.
“O término do prazo de permanência de um preso em estabelecimento penal federal de segurança máxima é determinado pela Justiça Federal, cabendo à secretaria subsidiar o juízo de origem com informações necessárias para a manutenção do preso no regime federal. Caso ‘Zé Roberto” retorne ao sistema prisional do Amazonas, a Seap adotará as medidas de segurança necessárias no momento apropriado”, informou a secretaria.
Massacre nos presídios
Após o racha dentro da FDN, que resultou no massacre dos 55 detentos nos presídios da capital amazonense, a facção criminosa, considerada a terceira maior do País, se dividiu.
Um lado ficou com “Zé Roberto da Compensa”, e outro com “João Branco”, chamada “FDN Pura” ou “Potência Máxima”, em referência a um dos apelidos de “JB”.
Agora, os ex-aliados brigam pelo domínio do tráfico de drogas na capital amazonense. Diversos crimes foram registrados nas zonas Leste, Norte e Sul da capital amazonense. Segundo a polícia, os crimes estão relacionados a uma guerra entre os dois grupos.
Fonte: Emtempo
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