Um estudo divulgado nesta semana nos EUA indica que o país gastou US$ 6,4 trilhões (cerca de R$ 27 trilhões), apenas em recursos públicos, em guerras e ações militares no Oriente Médio e na Ásia desde 2001, quando ocorreram os atentados de 11 de setembro.
Segundo a pesquisa, feita pelo Instituto Watson de Relações Institucionais e Internacionais da Universidade Brown, mais de 800 mil pessoas (dos quais 335 mil civis) morreram em consequência das guerras norte-americanas no Iraque, Afeganistão, Síria e Paquistão. Outros 21 milhões de pessoas deixaram suas casas devido à violência.
O total gasto pelos EUA nas guerras é 45% maior que todo o orçamento federal norte-americano cumprido no ano fiscal de 2019, de US$ 4,4 trilhões (cerca de R$ 18,5 trilhões), de acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA. Também equivale a 9 vezes o orçamento federal do Brasil em 2019, de R$ 3,3 trilhões.
Custos das guerras não vão diminuir
De acordo com Neta Crawford, professora de Ciência Política da Brown e autora do estudo, esse custo foi repartido por diversos órgãos da administração federal norte-americana e não apenas o Departamento de Defesa.
Segundo ela, os conflitos no Iraque, Afeganistão, Paquistão e Síria se expandiram e envolveram mais de 80 países, numa “verdadeira guerra global contra o terror”. O problema disso, afirma, é que os custos subiram ano a ano e não vão cair tão cedo, mesmo que as guerras sejam resolvidas.
“Mesmo que os EUA se retirem completamente de todas as principais zonas de guerra até o fim do ano fiscal de 2020 e cesse todas as operações da Guerra Global ao Terror, como nas Filipinas e na África, o custo orçamentário das guerras pós-9/11 vão continuar crescendo enquanto o país presicar arcar com os atuais custos de cuidados a veteranos e os juros do dinheiro emprestado para custear as guerras”, afirma a professora no estudo.
Em março deste ano, o Pentágono estimou que apenas as guerras no Afeganistão, Iraque e Síria custaram a cada contribuinte norte-americano um total anual de US$ 7.623 (cerca de R$ 32 mil), em média.
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