O presidente Donald Trump foi declarado nesta quarta-feira (5) como “não culpado” pelo Senado. Com isso, o processo de impeachment chega ao fim, e ele se mantém no cargo de presidente dos Estados Unidos.
A votação começou com uma leitura dos artigos do impeachment e comentários do juiz John Roberts, que lidera o julgamento, e do líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell.
Depois, foram realizadas duas votações. O placar da primeira, sobre a acusação de abuso de poder, ficou em 52 “não culpado” e 48 “culpado”. Já o segundo, referente à acusação de obstrução do Congresso, terminou em 53 “não culpado” e 47 “culpado”.
Para Trump sair do cargo, seriam necessários 67 dos 100 votos da Casa. Ele é o terceiro presidente dos Estados Unidos a ser absolvido pelo Senado em um processo de impeachment aprovado na Câmara. Os outros dois foram Andrew Johnson e Bill Clinton.
Acusações
Trump foi acusado pelos democratas de ter abusado dos privilégios do cargo de presidente, para pressionar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, a investigar a família de Joe Biden — seu maior rival entre os candidatos democratas às eleições presidenciais de 2020.
O presidente teria retido US$ 400 milhões em verbas da área de Defesa, prometidos à Ucrânia, para obrigar Zelenskiy a investigar as atividades de Hunter Biden — filho de Joe — quando era integrante do Conselho de Administração de uma empresa estatal de gás ucraniana.
Além disso, a oposição acusou ele de obstrução ao Congresso, por impedir pessoas ligadas à sua administração de prestar depoimento e por se recusar a entregar documentos aos investigadores durante o inquérito.
Polêmica
Na noite desta terça-feira (4), a democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, rasgou uma cópia do discurso de Trump logo após ele falar no Congresso. Ao chegar, ele entregou as cópias a Pelosi e Mike Pence.
A presidente da Câmara, após receber os papéis, estendeu a mão para cumprimentar o presidente, que a ignorou. Pouco depois, no final da fala do presidente, Pelosi ficou em pé e rasgou o discurso.
Foi Pelosi quem autorizou o impeachment de Trump na Câmara, em setembro.
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